Panda bear sitting on bamboo sticks surrounded with trees

JUNTOS CUIDAMOS MELHOR

Dava tudo para o ter de volta?

Diariamente, cães e gatos fogem de suas casas ou afastam-se de seus tutores acabando por se perderem. Outros são furtados e quando encontrados na posse de terceiros, dificilmente os legítimos tutores conseguem fazer prova de que se trata do seu animal de estimação.

A realidade é que dos inúmeros animais que se perdem diariamente nem todos são recuperados, sendo diverso o seu destino: uns morrem atropelados ou envenenados, outros terminam nas ruas em matilhas ou colónias, outros acabam em abrigos de associações ou em Centros de Recolha Oficiais, muitos dos quais, o resto das suas vidas.

A maioria dos casos de não recuperação de animais de companhia estão associados à falta de coleira com identificação, a passeios sem trela, a acesso ao exterior desacompanhados do tutor. Por outro lado, a probabilidade de recuperar um animal perdido é maior caso ele se encontre microchipado.

É neste contexto que surge a actual campanha do Observatório Nacional para a Defesa dos Animais, que tem por objectivo proteger o bem-estar destes animais através da sensibilização dos detentores de cães e gatos para o cumprimento do dever de guarda e vigilância que a legislação lhes impõe e para a importância da colocação de microchip nos animais de estimação.

A campanha “DAVA TUDO PARA O TER DE VOLTA?”, que apesar de arrancar já com a colaboração nomeadamente de algumas autarquias, associações e órgãos de comunicação, é aberta a todos os que queiram participar e culmina com uma brochura informativa sobre esta temática na qual se fará referência a todas as entidades aderentes.

São destinatários da campanha os detentores de animais de companhia que descuram as normas legais e/ou o dever de vigilância, i.e., todos aqueles que:

- não tenham os animais microchipados;

-não colocam coleira de identificação nos animais;

- passeiam os animais sem trela;

- dão acesso ao exterior a gatos sem microchip ou identificados.

Com a presente campanha é nosso principal objectivo contribuir para:

- a protecção do bem-estar dos animais face aos riscos que correm em caso de perda;

- evitar sobrelotação de CROS e abrigos privados permitindo a devolução de animais perdidos aos seus detentores;

- evitar ninhadas indesejáveis decorrentes de encontro de animais silvestres e animais com detentor por esterilizar, que acabam por determinar - o abandono e/ou a formação de matilhas e de colónias.

- prevenir ataques de canídeos, a pessoas e animais nomeadamente a gatos de colónias.

Abril de 2021

Golpe de calor em animais de companhia

Todos os anos, animais morrem ou ficam com graves sequelas, consequência dos golpes de calor a que são sujeitos, sendo uma das causas de morte mais comum nos animais de estimação no Verão.

Continua a ser prática comum em Portugal os tutores deixarem os seus animais de estimação encerrados em automóveis enquanto tratam de atividades diárias, sem terem consciência que colocam a vida e a saúde dos animais em risco.

Mesmo em dias em que a temperatura esteja mais amena ou em situações em que o encerramento do animal tenha uma curta duração, o risco pode persistir. Com uma temperatura exterior de 21° C, em apenas dez minutos a temperatura interior de um carro exposto à luz do sol pode subir 11° C. Em vinte minutos, pode subir 16° C. Ao fim de uma hora, o interior do automóvel pode chegar aos 82° C.

Um golpe de calor (insolação ou hipertermia) leva a que a temperatura corporal do animal aumente acima do normal, uma vez que ao contrário dos humanos que conseguem transpirar através da pele, os cães e os gatos não transpiram, antes desencadeando um processo de arrefecimento corporal através da respiração (arfar) e das almofadas plantares.

Mesmo que as janelas dos veículos se encontrem abertas, a quantidade de ar circulante pode não ser suficiente para que o animal consiga respirar satisfatoriamente e equilibrar a sua temperatura corporal.

Ao atingirem a temperatura de 41° a probabilidade dos animais em carros fechados entrarem em hipertermia aumenta, o que leva à falência de múltiplos órgãos e à morte.

São vários os sinais clínicos que evidenciam um golpe de calor: respiração ofegante, salivação excessiva, pele muito quente, batimento cardíaco acelerado, falta de reação, vómito, diarreia, descoordenação e tremores. O golpe de calor é uma urgência médica e mesmo que o animal sobreviva deve ser encaminhado de imediato ao médico veterinário para avaliação.

Junho 2019

Adopte em consciência no Natal

O ONDAID-Observatório Nacional para a Defesa dos Animais e Interesses Difusos lançou uma campanha de sensibilização para a adoção consciente de animais de companhia no Natal.

Com o aproximar desta época especial, aumenta a adoção de animais de companhia para servirem de presente a algum membro da família.

Curiosamente, este é um dos períodos em que o número do abandono de animais de companhia também se revela preocupante, aproximando-se da realidade existente à verificada na época de férias de verão.

Mas as adoções de Natal não conscientes acabam também por ter repercussões nos meses subsequentes, em especial em janeiro e fevereiro, com a devolução dos animais nos abrigos onde foram recolhidos ou com o seu abandono nas ruas e, tratando-se de gatos, em colónias de gatos silvestres.

Perante esta realidade, o ONDAID lançou esta campanha de sensibilização, focando alguns aspetos que devem ser ponderados antes de se adotar um animal, decisão que deve ser tomada de forma consciente por toda a família.

Com esta iniciativa, o ONDAID pretende alertar para o facto de um animal de estimação jamais dever ser considerado um presente surpresa de um membro para outro membro da família, mas antes, um novo membro que a família decidiu acolher no seu seio.

Dezembro 2018